segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Sobre eleitos e medalhas

Desempenho

Em semana de eleição é quase impossível não falar do assunto, concorda? Procurei, pra matar a curiosidade, saber como se comportaram os atletas e ex-atletas que tentaram uma vaguinha graças ao apoio dos fãs. Vamos aos eleitos: Danrlei e Romário podem correr pro abraço. Com boa votação estarão no Congresso em 2011. Bebeto e Marques serão deputados estaduais, no Rio e em Minas, respectivamente. Sem todo o ibope que imaginavam ficaram de fora, Marcelinho Carioca, Harlei, Vampeta, Popó, Túlio Maravilha e Maguila, esse último com míseros 2.951 votos. Alguns poderão reclamar que o Tiririca pegou deles alguns votinhos preciosos. Precisava ter 1 milhão e 300 mil votos?

Promessas

A CBF aproveita a onda de promessas que atravessa o Brasil, em período eleitoral, para também fazer das suas. Sobre a vaga brasileira na Libertadores, que foi surrupiada pela Conmebol, a Confederação Brasileira ficou apenas no “vamos tomar providências”. De prático mesmo não fez nada. O resultado é um Brasileirão com tudo para ficar sem graça. Times que podiam almejar uma arrancada para entrar no G4, sabem que com um G3, que foi o que sobrou pra nós, fica quase impossível.

Água pro vinho

O nadador brasileiro Thiago Pereira, em entrevista ao jornalista Elia Júnior, da Band, resumiu de forma perfeita a realidade olímpica nacional. Ao responder porque optou por treinar nos na América do Norte disse que é tudo uma questão de mentalidade e apoio para o sucesso. No Brasil o atleta treina para chegar a uma Olimpíada, já nos Estados Unidos se treina para ganhar a competição. É uma diferença e tanto.

Aprendizado

O resumo feito por Thiago, que estuda e treina nos States, mas compete também pelo Corinthians, é que o apoio que o americano recebe desde criança e o mega apoio que recebe quando chega à faculdade tem um peso enorme nas conquistas daquele país. Não basta apenas ter os locais e meia dúzia de projetos. Nem basta apenas ter boa vontade. A mentalidade competitiva e a presença do esporte no aprendizado são parte de uma cultura que, mesmo com restrições temos que dar a mão à palmatória. Das 100 melhores universidades do mundo, 80 estão nos Estados Unidos. E todas, todas elas, tem centros de treinamento de alto rendimento esportivo.

Primo pobre

Enquanto tivermos nosso complexo de vira-lata, bateremos palma e continuaremos treinando só para chegar aonde os outros vencem. Tanto é verdade que o presidente do Comitê Olímpico Nacional já falou qual é o grande objetivo do Brasil nas Olimpíadas do Rio em 2016: alcançar o 10º lugar no quadro de medalhas. Nível atual da Ucrânia. É de chorar!