quarta-feira, 13 de outubro de 2010

El parto de la madre tierra

Destinos

Foi impossível conter as lágrimas durante a cobertura jornalística do resgate dos mineiros no Chile. Não somente por causa do reencontro das famílias, mas também em função das histórias e curiosidades. O futebol estava presente. Manuel González, primeiro voluntário que chegou ao fundo da mina, e Franklin Lobos, um dos mineiros, foram adversários em 1985. González jogava pelo O''Higgins e Lobos, um dos mineiros soterrados, defendia o Cobresal e chegou a jogar pela seleção chilena. O reencontro do socorrista com o motorista, mostrado para todo o mundo, serviu para exibir que nem só de glamour vive o futebol, e nem só de riquezas minerais vive um país.

Família

O não de Parreira ao Corinthians é na verdade um talvez. Alegando ter assumido compromissos familiares e prometido que não mais trabalharia em 2010, o técnico deixou a porta entreaberta. Só que o Timão tem pressa. E por culpa do próprio clube. Quem disse que a causa da queda de rendimento foi Adilson Batista? E agora? Põe quem no lugar do rapaz? Se ele fosse ruim não estaria com uma série de propostas engatilhadas para o ano que vem. O que a diretoria não percebeu é que Cruzeiro, Fluminense e Inter pensaram longe, grande e com planejamento. Coisa que um time que se deixa influenciar tanto por torcidas organizadas não conseguirá nunca.

Eterno enquanto dure

Um fato curioso na Alemanha é o oposto do que vemos por aqui. E a ideia partiu do Mainz: oferecer um contrato vitalício ao técnico Thomas Tuchel. Com sete vitórias em sete jogos, a sensação da temporada lidera o Campeonato Alemão já com três pontos de vantagem para o Borussia Dortmund, segundo colocado. O diretor Christian Heidel disse ao jornal alemão “Bild” que está disposto a dar um contrato com prazo indeterminado a Tuchel. Segundo ele existe uma enorme confiança dos dois lados e o treinador incorpora a filosofia do clube. Ou eles tomam cerveja a mais ou são diferentes mesmo.

Política em campo

A Sérvia pode ter sérios problemas em seu sonho de integrar a Comunidade Européia. O mercado unificado pode fechar as portas por mais tempo em função de incidentes que vem ocorrendo dentro e fora do país. Nem mesmo estádios tem escapado. Autoridades garantem que a briga entre torcedores sérvios com italianos em Gênova, num jogo pelas Eliminatórias da Eurucopa, foi coisa mandada. Eles acreditam que radicais estariam agindo para manchar a imagem do país e impedir sua entrada na União Européia. O narcotraficante Darko Saric seria o mentor e financiador das ações. Coisa de filme!

Fora de campo

A política aqui não chegou às arquibancadas assim. Fica mais restrita a um debate ou outro, nos intervalos das discussões sobre futebol e religião, em mesas redondas e quadradas por todo o país. Mas o esporte bem que poderia passar a ser tratado com a seriedade que merece e ser alvo de uma boa reforma. O duro é entrar na fila. Antes dele tem a reforma da previdência, a da política, a tributária...