No arraial onde
brota a Flor do Maracujá, nascem muitas outras formas de vida. Que se
transformam, que se misturam, que se refazem. A festa, que começa primeiro nas
casas, nos bairros, no dia a dia da comunidade, vira uma manifestação mágica e
encantadora nas noites de apresentação. E não é somente fruto do ensaio, da
organização, do planejamento, da logística. O que move essa gente, nascida de
tantas outras migrações, é o desejo de extravasar. Dizer o que a ninguém diz.
Viver o que poucos vivem.
A cada noite, durante o tempo
que cada um tem para seu momento especial, quem está na quadrilha, ou no boi,
vibra, dança, grita, viaja por caminhos que só o amor por uma tradição é capaz
de abrir.
Nem a chuva, que afoga o som
mecânico, consegue calar quem se preparou
como nunca, mesmo que para alguns pareça tão pouco....
Se você perguntar pela Maria, o
João, o motorista, o gerente, a dona de casa ou a estudante, ninguém sabe,
ninguém viu. No arraial quem
aparece são personagens do passado.
Presentes no imaginário do brasileiro, nas quermesses, nos causos, na
literatura, no cancioneiro. Tão vivos que dá vontade de não acabar.
No arraial, onde brota a Flor do
Maracujá, brota o Flor do Maracujá. Uma
festa da Capital de Rondônia com brasileiros de todos os cantos, para
brasileiros de todos os encantos.