sexta-feira, 10 de novembro de 2023

 <script src="//my.visme.co/visme-embed.js"></script><div class="visme_d" data-title="Como falar em público sem perder o público" data-url="76ewjewn-como-falar-em-publico-sem-perder-o-publico" data-w="1752" data-full-h="true" data-h="1056" data-domain="my"></div>

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Sobre coceiras e palavras ao vento

 


Tem uma história curiosa, que aconteceu com um missionário protestante após falar a respeito de sua fé para um líder de uma nação indígena na região da Bolívia. Depois de toda sua explanação ele foi surpreendido pelo cacique ao ouvir a seguinte resposta: “Você até que coça bem, só que o problema é que onde você coça, não coça”.

O que essa fala tem de engraçada ela tem de sincera, verdadeira, objetiva e absolutamente contextual. O missionário, por melhor que tenha sido sua intenção, tocou em diversos pontos, mas não chegou no que interessava, doía, incomodava, coçava ou aquele ouvinte precisava.

Sua mensagem bateu na trave, ou passou longe. O que para ele ficou evidente na inesperada contestação do sábio líder tribal.

Ora, se esse não pode ser um belo exemplo para todos nós que idealizamos algo, criamos um conteúdo, subimos numa plataforma, pegamos um microfone, enviamos mensagens, pregamos uma palavra, ministramos uma receita, criamos um projeto, discursamos no calor da própria fala.

Será que o que temos coça, só que para quem recebe vai direto para o ponto onde não estava coçando?

Sendo assim, palavras vazias, barra forçada, goela abaixo, invasão, mensagem fora de hora, desrespeito, e outras tantas inconveniências podem tornar uma “excelente iniciativa” num desastre completo.

Por isso, meu aprendizado é o que compartilho com você. Se quiser atingir o alvo, realmente ajudar, levar uma mensagem, apresentar sua crença ou possível solução e cura, certifique-se bem se está coçando no outro. E se você é capaz de saber coçar onde coça.

 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

É Smart, é City, é um lugar melhor

 



É impossível não reconhecer e valorizar a importância dos ambientes inovadores e avanços da tecnologia atualmente. Por onde olhamos, o que fazemos, para onde vamos, o que consumimos tem ingredientes, indicativos, cálculos, design e tantas outras múltiplas possibilidades modernas e facilitadoras ligadas à maior aceleração de processos que a humanidade já viu. Este texto por exemplo, poderia muito bem ser sido desenvolvido por uma inteligência artificial. Num mundo onde tudo mudou, ou melhor, não para de mudar!

Mas não, esta redação é tão humana quanto os propósitos que regem os compromissos que assumimos ao pensar num site que remetesse ao que fazemos como Fundação, e no que acreditamos dentro do trabalho diário na busca por qualidade de vida, valorização da produção, melhoria nas condições de mobilidade, sustentabilidade, crescimento da economia e evolução da sociedade como um todo.

O portal que agora se abre tem como objetivo alcançar você que nos lê para fazer um convite: adentrar esse nosso universo, conhecer mais e melhor o que fazemos e nos ajudar a construir as cidades que queremos a partir do local onde nossa vida acontece. No trabalho, em casa, no trânsito, nos locais de lazer, nas unidades de saúde, na escola, nos locais de encontros comunitários, ou seja, em cada ponto que envolve a vida da comunidade.

 

Acreditamos que é possível melhorar rotinas, tornar o local onde vivemos mais eficiente, mais agradável, com a otimização geral da estrutura que rege um município. E os moradores, com sua vivência, experiência e realidades distintas, podem colaborar diretamente para o sucesso do empreendimento chamado cidade.

Então, venha conosco nesta jornada. É com imensa alegria que o Parque de Agroinovação Tecnológica da Fundetec e a Prefeitura de Cascavel apresentam o site Cascavel Smart City – uma cidade próxima de tudo e perto de você.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Beni Domingues Jr

Diretor de Comunicação Fundetec

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Onde vivo com os monstros


 

Com o passar do tempo me descobri portador de dores que eu desconhecia. Não falo daqueles gemidos inevitáveis ao tentar fazer um movimento outrora mais leve, elástico e coreográfico. Essa dor já é anunciada, bate ponto todas as manhãs no estalar dos ossos. 

Me refiro a um outro tipo de incômodo dolorido. Tem mais a ver com a parte interior do interior, o oceano profundo do que imaginamos ser a vida.

Lá, nessa imensidão que a maioria desconhece, por não ter paciência para chegar, nem fôlego para alcançar, existem outras realidades nossas. Ali residem também quase todos os grandes medos, as criaturas da nossa insegurança, os recifes de coral dos nossos traumas. E o pior: num silêncio assustadoramente ruidoso.

Em determinados momentos da vida, por algumas circunstâncias que nos pegam meio de tanque vazio, acabamos afundando até esse mar profundo. Por incrível que pareça, um anestesiamento necessário nos faz enxergar naquela escuridão; respirar onde não parecia possível e até falar sem palavras.

Uma espécie de telepatia celestial, mesmo parecendo estar perto de um inferno.

Os bons mergulhadores entenderão...

E também, os que mesmo sem saber mergulhar até esse ponto da existência tiveram que bater o pé no fundo e tentar sair de volta. O que é como retornar de um sonho ruim, um mover de pés e mãos em conflito, num grito afogado.

Mas a gente sai. Volta à tona, nada  até  a praia, se auto socorre e não morre. Mesmo que paremos na areia seja de uma ilha deserta... é melhor do que cair num aquário.

 

 

segunda-feira, 27 de março de 2023

Sobre meninas e lobos

 



Eu tenho filhas, três criaturas maravilhosas. Tê-las no colo, a seu tempo, sempre foi a tradução mais pura de aconchego, proteção, cuidado, amor. Uma espécie de realidade paterno-maternidade existencial.

No momento em que escrevo esse pequeno delírio afetivo, o faço motivado pelas manchetes do dia. Entendo que se você estiver me lendo no futuro, preciso explicar bem que história é essa, pra não parecer um pai mais gagá do que um ainda saudável até pra ter mais um herdeiro.

É que no final de semana que antecedeu essas linhas, um pai, lá no belíssimo Rio Grande amado, invadiu, com a filha no colo, o gramado de um jogo entre Inter e Caxias, quando seu time colorado havia sido desclassificado.

Qual a razão da invasão? Pedir um autógrafo? Fazer uma selfie pra neném lembrar do passeio com o papai? Não!! Infeliz e lamentavelmente não.

O pai de família (até antes desse domingo acredito que ele era) pulou a cerca, agarrado à criança, e com a mão que sobrou distribuiu sopapos, tapas e pancadas nos jogadores do time rival. O choro e desespero da menininha não foram suficientes para evitar que o torcedor se comportasse como um idiota.

A torcida, o clube, o esporte, a paternidade, o lado bom do mundo não merecem nenhum generalismo. Ou seja, é preciso apontar quem, quando, como e onde, sem levarmos o desabafo para a arquibancada da vida.

E ao olhar pra ele, quase duvidando que alguém foi capaz disso, me vi novamente com as filhas no colo. Torcendo por elas!

segunda-feira, 20 de março de 2023

Minutinho não existe



Que desafio incrível é esse, o de manter a atenção e foco naquilo que estamos fazendo e também ao redor, no todo, no que acontece muito além do jardim. É algo como ficar com a bola no pé sem deixar de ver o jogo, os parceiros de equipe, adversários, juiz, espectadores...

No trânsito o desafio também cabe. Manter a atenção ao veículo, seu manuseio e desempenho, mas também o olhar macro, para o “lá fora”. Pedestres, ciclistas, motos, carros, sinais, além de diversas outras informações que surgem do nada, invadindo nossa mente pedindo um tostão de atenção.
Qual a razão então para essa impressão de que os minutos já não são mais os mesmos? Uma ligeira olhadinha para o nosso dia já basta para constatar que estamos tentando fabricar um outro tipo de tempo. Onde caiba dentro do mesmo período de 60 segundos um número enorme de coisas a fazer, decisões a tomar, mensagens para responder.

A relação que temos estabelecido com o exigente relógio moderno, tem ferido bastante a capacidade de atentarmos para o que é prioridade. Um déficit de atenção não diagnosticado evolui dentro de nós e não estamos parando para perceber.

O resultado pode ser muito prejudicial. Corremos o risco de perder a bola por simplesmente não conseguir dar atenção às mínimas coisas. Uma mistura de foco, não a prioridade nele, acaba por confundir nossas tarefas. Quero resolver isso agora, mas aquilo outro também...ah!, lembrei: tem mais um montão de outras coisas. Meu Deus! Esse tempo tá voando.

segunda-feira, 13 de março de 2023

A Mongólia é logo ali



Foi bem cedo, lá quando ainda me chamavam de Juninho, que aprendi a contar até 10. Uma façanha, dependendo da idade e do tamanho. Familiaridade com os números, as letras, as palavras. Migrar do papai e mamãe para falar paralelepípedo, helicóptero, saber quanto é 7 x 7, ou 46 x 27. A tabela periódica, onde fica a Mongólia, o denominador comum, o planeta Urano...

Aprender é parte de existir. Sempre o ambiente nos oferece a oportunidade de saber mais. E desde sempre as cobranças pelas respostas fazem da vida uma nova segunda-feira a cada dia. Não tem como fugir, a não ser que optemos pela caverna da mediocridade e a estagnação. Uma aposentadoria ainda com energia.

Fora isso, com 40 ou mais a estudante pode sim cursar sua graduação em Biomedicina, embora as colegas mais jovens acreditem que ela não sabe o que é o Google.

Na verdade, saber quem ele é trata-se da maior facilidade presente no presente. O que elas não entendem, ou não querem aprender, é que a maturidade nos ensina mais do que o robozinho por trás de quase tudo.

Contar até mil, talvez seja a maior das vitórias de quem não desiste.

Respirar, esperar, compreender, perdoar, recomeçar, escutar, insistir (não teimar), resistir, acreditar e ainda sorrir, mesmo que em meio a dor e lágrimas, são lições que lá na fase do contar até 10 era impossível ensinar pra gente. Até porque, quem lidava conosco lidava com isso também, só não conseguia passar direito pra frente. Era preciso chegar nossa hora de aprender a ferro e fogo.

Hora de mais um ponto final. O de hoje, é claro. Afinal, mais do que saber onde é a Mongólia, é preciso saber onde estamos.