quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O filho do meio


Eu não passo  de um grandessíssimo filho do meio. Afirmo isso depois de descobrir o grande número de estudos e outro tanto de debates sobre a ordem de nascimento. Numa tese afirmam que o filho do meio tem a tendência a repetir mais na escola. Virar um ex-caçula mexe tanto com a vida da criança que faz brotar notas vermelhas. Há quem garanta que o filho do meio, ao deixar de ser o centro das atenções, desenvolve uma série de distúrbios, que podem piorar dependendo das combinações na ordem de nascimento. Irmão, irmão, com  uma irmã vindo em terceiro, é considerado o mais problemático. De qualquer modo é o ensanduichado que fica no prejuízo.
Já os pais sempre que acreditam  que depois da tempestade vem a bonança. Porque, convenhamos:  um segundo filho, geralmente é um furacão. Toda aquela calmaria do primeiro, com mamãe e papai pensando  que não era tão difícil assim, cai por terra com a chegada do segundo. Ao tentar pela terceira vez o casal prova que ainda tem fé. O segundinho não se repetirá.
Ao menos posso me desculpar dizendo que sofri com a síndrome do filho do meio. Não sei se resolve alguma coisa, mas vai ser assunto para quando eu estiver com aqueles amigos que adoram falar de doença e sempre tem uma melhor do que a do outro.
Só não sei se todas as minhas notas não  azuis tem a ver com o fato de ser o do meio. Minha irmã sempre foi boa aluna, é verdade. Meu irmão, que me tirou o reinado de caçula quase quatro anos depois que vim ao mundo, também era um bam-bam-bam na escola. Mas o meu desempenho em sala de aula pode ser culpa da professora de primeiro ano, que  me bateu porque eu não sabia desenhar uma  manga. Ou o professor de quarta série, que na falta de um giz, atirava o apagador para acabar com o foco de barulho na turma do fundão.
Vou estudar melhor esse assunto. Para provar  por A e por E que a história de que o homem é fruto do meio em que vive é uma realidade. Especialmente no meu caso. Eu quero a mamãe!!