Fraturamento
A palavra que dá nome a
esse texto parece ter sido escrita de forma errada, mas ela nasceu assim mesmo.
Trata-se de um sinônimo de quebra, fratura, rompimento, ou o mais atual de
todos: disrupção.
Empresas, clubes,
governos, escolas, conglomerados inteiros tem se deparado com a necessidade de
romper, quebrar paradigmas, provocar uma disrupção eficaz e plena.
E essa eficácia passa
pelo caminho da decisão individual. Se não partir de quem vive o ambiente, o
processo não vai passar do território das palestras, cartazes, mensagens e boa
vontade de alguns.
Talvez o elenco de temas a serem escolhidos para
romper com os maus hábitos, impedir o fracasso do projeto no qual estamos, ou
fraturar o que está torto para recolocar no lugar seja gigantesco. Infelizmente
o acúmulo de manias e excesso de jeitinho tem contaminado estruturas inteiras,
a ponto de parecer que não há uma saída.
Essa disrupção,
portanto, é eminentemente individual.
São aqueles costumes
que desenvolvemos e acabaram virando “de estimação”. Comportamentos que
carregamos e não percebemos, por causa
da rotina e falta de auto-sincera-avaliação. Que implicam diretamente em uma queda de quase
tudo; passando pela saúde física e emocional, chegando aos resultados
profissionais e pessoais.
O fracasso do todo começa nas derrotas diárias de
cada um.
Outra disrupção que é necessária e geralmente desprezamos é a
da quebra de relacionamento com quem nos faz mal. Pessoas que carregam aquela
nuvem chuvosa na cabeça e com suas trovoadas e tempestades tem o péssimo dom de
nos colocar pra baixo. Às vezes com a fachada de amigo são danosos ao nosso
emocional. Atingindo o bolso também. Claro que a tolerância o amor ao próximo e
outros requisitos básicos que mantém as amizades não estão incluídos aqui. Falo
de não-amigos, pessoas que estão ali só por causa delas mesmas. Romper é
preciso!
Por fim, mais uma disrupção importante. Aquela que
nos faz ficar apegados às crenças e preconceitos, impedindo-nos de ver com
transparência o que está dentro e fora de nós mesmos. Quebrar essas muros
internos, podar uns galhos secos e se abrir para algo novo, melhor e mais
repleto de vida, pode ser algo extraordinário. Desde que o façamos com
entendimento e clareza. Desde que comecemos a romper sem medo.