terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Fraturamento

A palavra que dá nome a esse texto parece ter sido escrita de forma errada, mas ela nasceu assim mesmo. Trata-se de um sinônimo de quebra, fratura, rompimento, ou o mais atual de todos: disrupção.

Empresas, clubes, governos, escolas, conglomerados inteiros tem se deparado com a necessidade de romper, quebrar paradigmas, provocar uma disrupção eficaz e plena.
E essa eficácia passa pelo caminho da decisão individual. Se não partir de quem vive o ambiente, o processo não vai passar do território das palestras, cartazes, mensagens e boa vontade de alguns.

Talvez  o elenco de temas a serem escolhidos para romper com os maus hábitos, impedir o fracasso do projeto no qual estamos, ou fraturar o que está torto para recolocar no lugar seja gigantesco. Infelizmente o acúmulo de manias e excesso de jeitinho tem contaminado estruturas inteiras, a ponto de parecer que não há uma saída.

Essa disrupção, portanto, é eminentemente individual.

São aqueles costumes que desenvolvemos e acabaram virando “de estimação”. Comportamentos que carregamos e  não percebemos, por causa da rotina e falta de auto-sincera-avaliação. Que  implicam diretamente em uma queda de quase tudo; passando pela saúde física e emocional, chegando aos resultados profissionais e pessoais. 

O fracasso do todo começa nas derrotas diárias de cada um.

Outra disrupção  que é necessária e geralmente desprezamos é a da quebra de relacionamento com quem nos faz mal. Pessoas que carregam aquela nuvem chuvosa na cabeça e com suas trovoadas e tempestades tem o péssimo dom de nos colocar pra baixo. Às vezes com a fachada de amigo são danosos ao nosso emocional. Atingindo o bolso também. Claro que a tolerância o amor ao próximo e outros requisitos básicos que mantém as amizades não estão incluídos aqui. Falo de não-amigos, pessoas que estão ali só por causa delas mesmas. Romper é preciso!


Por fim, mais uma  disrupção importante. Aquela que nos faz ficar apegados às crenças e preconceitos, impedindo-nos de ver com transparência o que está dentro e fora de nós mesmos. Quebrar essas muros internos, podar uns galhos secos e se abrir para algo novo, melhor e mais repleto de vida, pode ser algo extraordinário. Desde que o façamos com entendimento e clareza. Desde que comecemos a romper sem medo.