Fiz
uma pesquisa no doutor Google hoje. Escrevi Moça do Yakult. Queria saber se
elas ainda existem. Para minha surpresa, vários relatos de internautas testemunham
que elas ainda fazem entregas em domicílio. Certamente não mais como
antigamente. Entenda-se “antigamente” aqui, a época em que eu era criança e
aguardava ansioso os potinhos cheios de
um líquido com lactobacilos vivos. Nunca soube exatamente o que era isso, mas
que dava um charme e tanto isso dava. E vendia demais! E era gostoso demais...
Aliás, ainda é. De vez em quando
ainda bebo um, com direito a abrir só um pedacinho da tampa. Para degustar
devagar. Aos poucos. Um gostinho azedinho que aperta o paladar no canto de dentro da boca. Único. Cheio de lembranças.
No meu caso as lembranças são de
uma época em que as vaquinhas estavam um pouco mais gordas no orçamento de
casa. Pelo menos eu imagino que sim. Afinal, não acredito que fosse barato ter
o atendimento vip da moça que gritava que o Yakult chegou. Se não me falha a memória, a chegada
dela no portão de casa coincide com o período da compra de nossa primeira TV a cores. Adquirida para assistir as Olimpíadas
de Montreal em 1976. Se bem que mais do
que Jogos, me lembro de ficar escondido no corredor de casa, bisbilhotando os
filmes que meu pai assistia. Censurados à época. Vendo alguns deles hoje, me
pergunto o que era proibido ali. Perto do que a meninada assiste em 2012, aquelas
películas podem ser vistas pelos consumidores de Yakult de todas as idades. Aliás,
deu vontade de beber mais um... Será que se pedir pela internet elas entregam?