terça-feira, 16 de julho de 2013

No mundo da lua

Li sobre um garoto inglês chamado Dexter, que visitou o Centro Espacial John Kennedy nos Estados Unidos. Depois disso, seu fascínio pelo espaço aumentou tanto que escreveu uma carta para a Nasa. Nela ele fala sobre o envio de pessoas para Marte, no futuro. E encerra se escalando para ir. Não agora, com apenas sete anos, mas, quando crescer, quem sabe?

Para surpresa dele e de sua mãe a Nasa respondeu. Enviou fotos do espaço e um incentivo para que o menino tire boa notas na escola e não deixe morrer seu sonho.

Os meus limitados conhecimentos de matemática e uma dificuldade tremenda de ficar até mesmo encostado numa sacada de prédio de poucos andares, contribuíram rapidamente para que eu pusesse os pés no chão e desistisse de um dia virar astronauta. Sonho que a maioria das crianças da minha infância acalentava. Afinal, a viagem à Lua era assunto de todas as rodas. Os debates sobre ser ou não verdade os primeiros passos de Neil Armstrong em solo lunar davam o que falar nas reuniões de família ou encontros de amigos dos meus pais. E nós, que acreditávamos em tudo, sonhávamos com as estrelas.

Vi um pouco de mim na história do Dexter. Ele foi mais corajoso que a maioria. Escreveu para quem manda para o espaço o seu desejo de um dia estar lá. Não sei se ele chegará a realizar seu sonho. E se estarei aqui para ver. Mas aprendi um bocado com esse menino ao ler sobre sua pequena grande carta.

Lembrei-me que um dia todos demos nosso primeiro passo. Ousamos sonhar um novo sonho. Decidimos escrever e assinar que aquilo era o que mais desejávamos. Quandos deles ficaram dentro de gavetas e amarelaram?